Ansiedade: seus efeitos, consequências e tratamento
- Psicólogo Fernando Brito

- 8 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de mar. de 2024
A ansiedade pode ser definida como uma resposta emocional natural do corpo, mas quando se manifesta através de níveis elevados, pode ser percebida como patológica, apresentando circunstâncias ameaçadoras ou estressantes através de diversas possibilidades que podem estar vinculadas tanto a elementos psicológicos, como também físicos.
A ansiedade pode se manifestar de diversas formas, podendo gerar inúmeros transtornos na vida cotidiana, por estar ligada a diversos elementos que impactam diretamente o dia a dia, como: relações de trabalho, familiares, dificuldades financeiras, grandes responsabilidades a níveis pessoais e/ou profissionais; questões estruturais da sociedade, como discriminação por raça, gênero, etc.
De forma geral, crises de ansiedade podem ocasionar: tensão, irritação, picos de estresse cotidianos, dificuldade com as tarefas corriqueiras, inquietação mental, sentimentos de preocupação, nervosismo e apreensão em relação ao futuro, gerando ônus para os seus relacionamentos pessoais e profissionais, podendo causar conflitos e mal-entendidos e gerar angústia. Contudo, as crises de ansiedade, podem se manifestar de forma singular para cada indivíduo, precisando, assim, de atenção direcionada às particularidades de cada caso.
Além dos efeitos emocionais, as crises de ansiedade também podem desencadear diversos sintomas físicos, dentre eles: dores de cabeça, "gastrite nervosa" e outros tipos de problemas gastrointestinais, tensão muscular, irritações na pele, taquicardia, sudorese, falta de ar, insônia, etc.; o que pode contribuir ainda mais para o desconforto emocional e assim gerar um ciclo onde o aspecto físico interfere no psicológico e vice-versa.
As pessoas que sofrem de crises de ansiedade além de todos os elementos citados acima, podem apresentar dificuldade de relaxar ou se acalmar, mesmo em situações aparentemente seguras, já que muitos indivíduos são afetados por uma sensação de perigo iminente e constante, seja pela possibilidade de uma nova crise ou por outros elementos que possam estar gerando desconforto e angústia; bem como, por não haver o tratamento adequado, há uma maior incidência das crises.
O tratamento da ansiedade consiste em identificar as origens profundas dos elementos que causam "a raiz do problema", de forma a investigar e possibilitar modificar elementos que estão aparentes, como sintomas, mas também questões que estão interligadas e que não recebem o devido crédito, pois muitas vezes não são reconhecidas como importantes para a resolução do problema.
Dessa forma, ao associar elementos como por exemplo: conflitos internos, traumas e padrões de relacionamento, que constituem experiências passadas e também atuais, além dos sintomas apresentados, a psicoterapia pode ajudar o/a paciente a entender melhor suas emoções e comportamentos criando, assim ferramentas para lidar melhor e/ou erradicar o problema.



