Parcerias Amorosas
- Psicólogo Fernando Brito

- 9 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de mar. de 2024
As parcerias amorosas apresentam diversas questões que podem se desdobrar em circunstâncias angustiantes por naturalmente colocar frente a frente componentes da vida de - ao menos - dois indivíduos, onde os/as mesmos/as apresentam constituições subjetivas, exemplos, experiências e atravessamentos sociais diferentes, de forma a compartilharem esses elementos nas relações.
Por se tratar de circunstâncias vastas, nem sempre as relações amorosas apresentam comunhão na tomada de decisões, sentimentos, dinâmicas econômicas ou rotineiras, afinal são elementos divergentes em contato frequente; o que em alguns casos podem proporcionar situações de violência(s) e vulnerabilidade subjetiva ocasionada pelo/a parceiro/a.
Dividir o que se sente, se responsabilizar por situações do dia a dia e pela própria relação, partilhar dificuldades, alegrias, atividades domésticas nem sempre são acordos fáceis e que mesmo estando em relações amorosas, nem todos/as compreendem a importância de se dedicar ao que é importante para a construção dessa parceria, que sem alinhamento gera sobrecarga emocional e subjetiva, minando afetivamente o/a companheiro/a.
Ao se enfatizar as dinâmicas rotineiras em uma parceria amorosa, é correto afirmar que elas ajudam a moldar a subjetividade por diversos meios que são, para muitos/as imperceptíveis justamente por se tratar de um relacionamento amoroso/ conjugal, que muitas vezes são compostos por controle, desconfianças, inseguranças, baixa autoestima, problemas com a sexualidade, questões étnico-raciais, questões de gênero, desilusões etc.
As relações amorosas são ricas em possibilidades de gerar angustia pelo simples fato de ocuparem um lugar de extrema importância na subjetividade, podendo se associar a outras relações e elementos psíquicos. Para melhor posicionar-se na relação ou conseguir trilhar novos rumos é importante tratar o que angustia, para que assim seja possível decidir o caminho que melhor lhe cabe, abrindo espaço para que o amor seja remodelado ou descoberto, mas independente do que for escolhido que tenha como horizonte colocar-se como prioridade, para ocupar um lugar próprio na vida e nas relações.



